quinta-feira, 5 de março de 2009

Big brother nas escolas inglesas

A obsessão com a avaliação do desempenho dos professores está a enlouquecer os governantes. É isso que está a acontecer na Grã Bretanha. Quanto mais ineficazes são os governos para terminarem com o agravamento das desigualdades sociais e da pobreza, mais vêem nos professores o bode expiatório conveniente para acalmarem a opinião pública e desviarem a atenção dos eleitores dos verdadeiros culpados.
O Governo de Gordon Brown mandou instalar câmaras de vídeo, com visão de 360 graus, para espiarem o trabalho dos professores dentro da sala de aula. Algumas câmaras de vídeo são tão poderosas que conseguem dar a ver as palavras que os alunos escrevem nos cadernos. As melhores aulas são passadas para DVD e servem de modelo em workshops de formação contínua. Os sindicatos de professores ficaram furiosos com mais uma medida que exerce uma pressão intolerável sobre os professores. Alguns especialistas em supervisão e avaliação de desempenho já divulgaram as suas reservas face ao método utilizado. Outros afirmam que é preferível filmar a aula do que ter a presença de um supervisor na sala. E há até quem diga que gosta de ser filmado enquanto dá aulas. Justificação: o visionamento do vídeo permite corrigir práticas erradas. E se Sócrates se lembra de copiar esta medida?

Nota: encontrado no blogue profavaliação

Marilu